Abstract
Introdução: A papaína é uma cobertura utilizada em feridas, que possui em sua estrutura uma combinação de enzimas proteolíticas e peroxidase, que propiciam a quebra de ligações peptídicas dos aminoácidos das proteínas, provocando a degradação do tecido desvitalizado, sem afetar o tecido de granulação. Objetivo: Avaliar os estudos publicados em relação às evidências terapêuticas da papaína em diversos tipos de feridas. Metodologia: É um estudo de revisão da literatura. O levantamento bibliográfico foi realizado através das bases de dados BVS, SCIELO e LILACS. Os descritores utilizados foram: papaína, úlceras, feridas e cicatrização, que levou a uma amostra de 88 artigos. Após definir os critérios de inclusão que foram: as publicações dos últimos quatorze anos, disponíveis na íntegra e em língua portuguesa. E de exclusão: estudos com animais, resultados de resumos publicados, artigos repetidos ou que não atenderam a temática proposta. Dessa forma, restaram 9 publicações para a construção desse trabalho. Resultados e Discussão: As propriedades intrínsecas da papaína abrangem sua atividade como debridante químico, favorecendo o progresso da cicatrização, ação bacteriostática, bactericida e anti-inflamatória, e ainda possibilita a regulação das fibras de colágeno, promovendo o crescimento tecidual alinhado, capaz de remover todos os tecidos desvitalizados, melhorando o aspecto do ferimento, controlando a exsudação e aumentando a epitelização dos bordos das lesões. Conclusão: a terapia em ferimentos com a papaína torna-se um importante método intervencionista que aumenta a resolubilidade no cuidado dedicado aos pacientes, e assim, ajudando a melhorar a qualidade de vida dos mesmos.